Raoni caminha com a Folia de Reis de Corumbajuba desde 2008. Sua primeira participação aconteceu quase por acaso, durante uma janta na casa de seu pai, quando decidiu acompanhar os foliões. A experiência foi tão marcante que nunca mais parou. “Eu acho que agora só paro o dia que morrer. Enquanto tiver vida, vou estar na Folia”, diz. Sem tocar instrumentos, encontrou sua missão ao vestir-se de palhaço, a convite de João Eduardo, com quem dividiu os dias de festa. A função exige energia e atenção constantes: os palhaços são responsáveis por abrir caminho para a companhia, assegurando que o trajeto esteja livre, como guardiões que afastam simbolicamente os soldados de Herodes. Além disso, são eles que animam os encontros, revezando as brincadeiras, recebendo presentes e conduzindo a alegria da festa. “Vestir de palhaço é muito cansativo, você tem que estar o tempo todo ligado, andando de um lado para o outro. Mas é bom demais.”

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