Fé que movimenta: Folia de Reis impulsiona economia local em Corumbajuba

Anna etícia Azevedo 

Além de fortalecer os laços religiosos e culturais, a celebração tradicional aquece o comércio e gera renda no distrito da zona rural de Orizona.

Durante os dias de celebração da Folia de Santos Reis em Corumbajuba, a fé movimenta os foliões pela comunidade e estradas de terra, mas também impulsiona a economia do pequeno distrito de Corumbajuba, zona rural de Orizona no sudoeste goiano. A movimentação intensa de moradores, foliões e visitantes aquece o comércio local, gerando oportunidades para empreendedores.

“Eu amo a Folia de Corumbajuba. Meu pai já fez várias entregas. Sou muito devota dos Santos Reis e eu amo este lugar”, afirma Eliane proprietária da única padaria do distrito, que viveu seu primeiro ano à frente do negócio durante o período da celebração. Com a grande demanda, ela conta que a produção superou as expectativas. “A gente não esperava que iria vender tanto. A gente não deu conta de todos os pedidos, mas ano que vem pretendo me preparar com antecedência”, declara.

A rotina intensa da padaria durante a Folia refletiu diretamente no faturamento. “Vendia 400 pães por dia, e só porque não tinha mais, se tivesse, vendia mais”, relata. “Acordo quatro horas para começar a produção e vou dormir depois das 22 horas, eu e meu marido todos os dias fazendo as roscas e produtos para vender”, explica.

As refeições como pouso e almoço envolvem uma rede de esforços coletivos e intensa preparação por parte das famílias anfitriãs. O casal Marcos e Maria Alvina, que recebeu o primeiro pouso da Folia de 2025, contou que os preparativos começaram com dois dias de antecedência. “Matamos um porco e uma vaca para conseguir receber o pessoal”, relatam. O gesto de fé e hospitalidade envolve um planejamento cuidadoso, desde a organização do espaço até a montagem das mesas e o preparo da comida que será compartilhada com os foliões e comunidade.

A movimentação gerada pela Folia não se restringe à padaria. Almoços coletivos, pousos, preparação de alimentos e recepção dos foliões envolvem dezenas de famílias, que se organizam para comprar ingredientes, alugar cadeiras e barracas e reforçar os estoques dos pequenos comércios locais. Assim, a tradição religiosa cumpre também um papel de dinamização econômica, contribuindo para a circulação de renda e a valorização da produção local.

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