Encerramento da folia: o começo de uma nova memória

Anna Letícia Azevedo 

 

Com emoção e responsabilidade, entrega da bandeira marca o fim do giro e o início da preparação para o próximo ano

Após cinco dias de caminhadas, orações, embaixadas e pousos, a Folia de Santos Reis de Corumbajuba 2025 chegou ao fim no sábado dia 12 de julho, com a entrega da bandeira. O momento simbólico encerra o giro pelas casas do distrito de Orizona (GO) e dá início à construção da próxima jornada, marcada por fé, organização coletiva e continuidade.

Este ano, a responsabilidade de carregar a bandeira branca da paz coube a João Carlos, folião desde 2011, que assumiu pela primeira vez o posto de alferes. Tradicionalmente caixeiro, tocador da caixa durante a caminhada, João Carlos foi surpreendido pelo convite de Pedro de Paula Miranda, o primeiro capitão da folia. “Meu padrim Pedro disse: ‘você não vai bater caixa este ano’, pois quem bate na saída tem que fazer a entrega. Você vai segurar a bandeira”, relembra.

A missão de alferes carrega o peso simbólico de guiar o encerramento da folia atual e dar início à organização da edição seguinte. “O significado dos alferes é fazer o giro do próximo ano, ver as casas onde vai ser almoço, pouso. Como aqui na comunidade todo mundo é muito devoto, na entrega as pessoas já pedem ‘eu quero oferecer um almoço, eu quero fazer uma janta’, então o alferes vai organizar”, explica. Para isso, João Carlos contou com o apoio do segundo capitão, “Chamei seu Vicente, que gosta de estar presente, e fui às casas conversar.”

Neste primeiro ano como alferes, João Carlos pode ter uma nova visão da folia que já faz parte a tantos anos, “Como folião, alferes, sou suspeito de falar, mas eu tô achando tudo maravilhoso, tudo perfeito. Sobre a organização, os convidados assistindo… é gratificante, até me emociono”, disse.

João Carlos, alferes de 2025, carregou a Bandeira Branca da paz durante a Folia de Santos Reis de Corumbajuba em 2025. Foto: Roger Martins

A entrega da bandeira simboliza o encerramento da festa, entretanto esse é o início de uma nova memória coletiva, construída desde já pelas mãos e corações que acreditam na continuidade da fé e da tradição.

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